Nascido Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações, Minas Gerais, em 1940, Pelé se tornou em pouco tempo uma referência da humanidade como jogador de futebol e levou o nome do Brasil aos quatro cantos do planeta.
É a nossa maior conexão Brasil com o mundo. Uma unanimidade. Um gênio. Um atleta que elevou o patamar do futebol em um nível que muito provavelmente não será superado. E, se for, ele ainda estará no topo porque foi o primeiro e por muitos longos anos. Nem o melhor do mundo de hoje ou de antes, se compara a ele.
Colecionador de títulos, tricampeão mundial pela seleção brasileira, mais de mil gols pelo Santos...tornou-se Rei, com cerca de 17 anos. Seu nome sempre será sinônimo de Brasil, futebol, alegria e técnica.
Teve uma técnica exclusivamente arrojada em um tempo em que a tecnologia não contribuía, ainda, para a alta performance de um atleta. Sei que alguns estudos já mostraram que seu corpo funcionava numa perfeita e magistral sintonia. Até o formato de seus olhos o favorecia com um campo de visão ampliado, diferente de todos os demais.
Sua impulsão, agilidade, elasticidade, dribles, seus gols e quase gols serão lembrados como sublimes e dignos de todas as reverências que ele recebe e recebeu durante a vida. Mas Pelé também deu voz aos negros, aos pobres e até foi motivo de um cessar guerra na Nigéria.
E mais, teve uma vida confortável, mas não de ostentação. Alguém já ouviu falar em avião, helicóptero, relógio de milhões, mansões pelo mundo de Pelé? Com certeza deve ter tido e por mérito, mas por questões pessoais, o foco era a bola no pé. Apesar de conservador, ele divulgava e fazia apologia a política A ou B? A performance era prioridade.
Como ser humano e falível que somos, teve erros e graves, como o não reconhecimento de uma filha, mesmo depois de um teste de DNA positivo. Mas como jogador foi encantador, um mito. Suas façanhas ficarão para sempre gravadas na memória do esporte mundial. Me desculpem os outros excelentes jogadores, mas ninguém ainda despertou um encantamento igual ao Pelé. Por isso ele vive e será uma lenda. Quem passou para o outro lado do caminho foi Edson Arantes do Nascimento.
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